10 situações que dificultam o diagnóstico da doença celíaca

Se você chegou até aqui, provavelmente você está desconfiando que é celíaco(portador da doença celíaca) ou conhece alguém que está desconfiado, porém os exames estão dando negativo. Então aqui listei 10 situações que dificultam o diagnóstico da doença celíaca ! Não descartem a possibilidade de ter a doença antes de verificar se você está passando por algumas situações citado por Dr. Hugo Werneck.

O Dr. Hugo Werneck é Gastroenterologista em São Paulo e tem uma página no facebook entitulada : Consultório/Doença Celíaca.

 

10 situações que dificultam o diagnóstico da doença celíaca :

10 situações que dificultam o diagnóstico da doença celíaca

 

EQUÍVOCOS NO DIAGNÓSTICO DA DOENÇA CELÍACA
A seguir eu vou enumerar e explicar algumas situações que dificultam ou induzem ao diagnóstico de forma equivocada.

Situação 1

Pacientes que iniciaram a dieta sem glúten antes de fazer os exames.
É uma situação bastante comum no consultório do gastroenterologista. O paciente inicia a restrição ao glúten por conselho de amigos ou porque leu em algum artigo que o glúten é a grande causa dos seus problemas. Infelizmente, isso dificulta muito o diagnóstico, pois após alguns meses não existe mais anticorpos circulantes (anti-transglutaminase e/ou anti-endomísio). A partir daí os resultados dos exames se tornam incertos e duvidosos. Neste caso, deve-se voltar à dieta livre (com glúten) por três meses para depois fazer os exames. Muitas pessoas se recusam a enfrentar esse desafio com receio de apresentarem problemas. Consequentemente, nunca saberemos se tais pacientes são celíacos de verdade.

Situação 2

“Rotular” um paciente como celíaco baseando-se apenas na melhora dos sintomas após a retirada do glúten da dieta.
O diagnóstico preciso depende da positividade dos exames sorológicos específicos (anticorpos anti-transglutaminase e/ou anti-endomísio) e da presença de atrofia da mucosa duodenal. A melhora clínica e laboratorial é apenas um dos aspectos da resposta à dieta sem glúten.

Situação 3

Coletar número insuficiente de biópsias da mucosa duodenal para estudo histológico.
Os congressos de consenso sobre doença celíaca já estabeleceram o número mínimo de quatro fragmentos de mucosa duodenal para análise microscópica. A razão para a coleta múltipla é o padrão nem sempre homogêneo do acometimento duodenal, podendo haver tecido normal intercalado com tecido comprometido.

Situação 4

Diagnosticar doença celíaca com base em alterações histológicas mínimas.
O que caracteriza a doença celíaca é a atrofia vilositária; portanto, classe 3 da classificação de Marsh-Oberhüber. A presença de linfocitose intraepitelial e/ou hiperplasia de criptas é insuficiente para fechar o diagnóstico.

Situação 5

Diagnosticar doença celíaca com base em achados histológicos (atrofia vilositária) com sorologia negativa.
Nesta situação o teste genético (HLA-DQ2 e HLA-DQ8) é obrigatório. Resultado negativo exclui o diagnóstico. Se positivo, a confirmação diagnóstica é feita após a normalização da mucosa depois de 12/24 meses de dieta sem glúten. Algumas condições, além da doença celíaca, podem causar atrofia da mucosa duodenal como a giardíase ou o uso de certos medicamentos como o olmesartan e o valsartan (para hipertesnsão arterial).

Situação 6

Descartar doença celíaca em pacientes extremamente sintomáticos que têm sorologia negativa, sem realizar biópsia duodenal.
Embora os testes sorológicos (anti-endomísio e anti-transglutaminase) sejam muito sensíveis (até 98%) para diagnosticar a doença, cerca de 2% dos pacientes celíacos são soronegativos. A probabilidade é pequena, mas pode acontecer.

Situação 7

Fazer o diagnóstico de doença celíaca com base apenas na positividade do HLA-DQ2 ou HLA-DQ8.
Embora a presença do HLA-DQ2 ou HLA-DQ8 seja um pré-requisito para a manifestação da doença celíaca, devemos lembrar que 30% da população em geral é portadora desses marcadores genéticos. De todos esses portadores apenas 3% vão desenvolver a doença.

Situação 8

Não incluir a dosagem de IgA total na investigação da doença celíaca.
Cerca de 7% dos pacientes com deficiência de IgA (IgA < 5mg/dl) têm doença celíaca, o que significa que a pesquisa de anticorpos anti-endomísio e anti-transglutaminase IgA será negativa (falso negativo). Neste caso, o diagnóstico poderá ser descartado de forma equivocada. Nos pacientes com deficiência de IgA, o teste sorológico deve ser feito com IgG (outro tipo de imunoglobulina).

Situação 9

Basear o diagnóstico de doença celíaca em testes obsoletos.
Está provado que os anticorpos anti-gliadina (IgA e IgG) têm menores especificidade e sensibilidade do que os anticorpos anti-endomísio e anti-transglutaminase. Por conta disso, o anticorpo anti-gliadina não é mais usado para o diagnóstico ou acompanhamento da doença celíaca.

Situação 10

Pedir exames de controle pouco tempo após iniciar a dieta sem glúten.
Não é exatamente um equívoco no diagnóstico, mas no acompanhamento da doença celíaca. Vale tanto para o exame sorológico como para a biópsia duodenal. Nós temos que dar um prazo para que desapareçam os anticorpos da circulação e para que a mucosa intestinal se recupere. Considero que seis meses é um prazo razoável para pesquisar os anticorpos. No caso da endoscopia, eu não a peço antes de dois anos. Cada paciente tem o seu tempo de reação, portanto, não adianta ter muita ansiedade para ver o resultado dos novos exames.

 

Dr. Hugo Werneck – São Paulo, Capital

Rua Baronesa de Bela Vista, 411 cj 233

Em frente ao Aeroporto de Congonhas.

11-5078-7776/ 11-2275-2101

 

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NCG.org : por Silvia Kawaguti

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2 comentários em “10 situações que dificultam o diagnóstico da doença celíaca

  • 6 de agosto de 2017 em 14:24
    Permalink

    Isso é difícil, nem sabia que existia essa doença, mas quando soube, desconfiei q tinha, porque passo muito mal comendo massas.
    Muitos gases, coceira no corpo, muito cansaço, vômitos. Mas outros produtos contendo glúten aparentemente n me fazem mal como as massas, como aveia por ex.
    Eu cortei tudo com gluten por precaução e melhorei muito, queria fazer o exame pra ter certeza, mas n vou aguentar ficar passando mal por 3 meses!

    Resposta
    • NaoContemGluten
      10 de agosto de 2017 em 21:50
      Permalink

      Suelen, é assim mesmo! Seu corpo aprende a encontrar um equilíbrio para não entrar em colapso, é para auto preservação. Quando você deixar seu organismo livre de glúten e de contaminação cruzada também, verá que qualquer glúten lhe causará muitos desconfortos.
      Quanto aos exames, realmente fazer o desafio para obter o diagnóstico é bem complicado, mas se você for assumir que é celíaca sem os exames, sugerimos que então cuide de contaminação cruzada e siga uma dieta 100% sem glúten todo o tempo. É verdade que hj em dia todos temos muitas chances de ter câncer, mas a DC não tratada aumenta muito esse risco, então é melhor seguir a dieta corretamente e procure um médico para te acompanhar no tratamento.

      Resposta

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